Autor: Paulo Jorge Neves
Editora: Oficina do Livro
Sinopse: “O maior predador sexual de que há memória em Portugal abusou de onze raparigas entre os 14 e os 22 anos e tentou fazer o mesmo a outras três que, no entanto, conseguiram escapar do criminoso que ficou para a história como o Violador de Telheiras. Henrique, um homem de aspecto normal e boa reputação entre vizinhos, colegas e conhecidos, dizia à sua noiva que ia ao ginásio antes de partir à caça das suas vítimas, quase sempre à terça-feira, espalhando o terror nos arredores de Lisboa. Primeiro em Telheiras, depois Alfragide, Linda-a-Velha e Oeiras. Começou por atacar de cara destapada e só usou passa-montanhas quando percebeu que a Polícia Judiciária andava no seu encalço. Não seria uma perseguição fácil para os polícias, como se demonstra neste relato magistral que nos transporta, com sentido de pormenor e rigor, para os bastidores da investigação. A 2.ª Secção dos Crimes Sexuais da PJ precisou de quase três anos para apanhar este jovem engenheiro, calculista, minucioso e com o cadastro limpo, que se confundia na multidão da grande cidade. Até que a divulgação pública do seu retrato-robô, uma das numerosas diligências da polícia, levou uma mulher sob anonimato a ligar para os investigadores e a denunciá-lo: foi o decisivo Telefonema 41.”
Opinião: Este livro não é um romance, é um retrato fiel e cru de um dos criminosos que mais chocou o nosso país e que foi presença assídua na comunicação social nos últimos tempos. O que mais me choca neste livro é perceber que uma pessoa dita normal, igual a tantas outras que cruzamos na rua diariamente pode esconder segredos monstruosos e ser um monstro no verdadeiro sentido da palavra. Neste curto livro temos o relato directo e assustador dos crimes de Henrique Sotero e da investigação que a PJ levou a cabo durante vários anos até o conseguir capturar. Não é um livro para qualquer pessoa, mas é sem dúvida um livro interessante e que nos deixa com um sabor amargo e extremamente chocados. A realidade por vezes é muito mais violenta que na ficção!
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