quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Livros: Marina

Autor: Carlos Ruiz Zafón
Tradução: Maria do Carmo Abreu
Editora: Planeta (2010)

Sinopse: «Por qualquer estranha razão, sentimo-nos mais próximos de algumas das nossas criaturas sem sabermos explicar muito bem o porquê. De entre todos os livros que publiquei desde que comecei neste estranho ofício de romancista, lá por 1992, Marina é um dos meus favoritos.» «À medida que avançava na escrita, tudo naquela história começou a ter sabor a despedida e, quando a terminei, tive a impressão de que qualquer coisa dentro de mim, qualquer coisa que ainda hoje não sei muito bem o que era, mas de que sinto falta dia a dia, ficou ali para sempre.» Carlos Ruiz Zafón «Marina disse-me uma vez que apenas recordamos o que nunca aconteceu. Passaria uma eternidade antes que compreendesse aquelas palavras. Mas mais vale começar pelo princípio, que neste caso é o fim.» «Em Maio de 1980 desapareci do mundo durante uma semana. No espaço de sete dias e sete noites, ninguém soube do meu paradeiro.» «Não sabia então que oceano do tempo mais tarde ou mais cedo nos devolve as recordações que nele enterramos. Quinze anos mais tarde, a memória daquele dia voltou até mim. Vi aquele rapaz a vaguear por entre as brumas da estação de Francia e o nome de Marina tornou-se de novo incandescente como uma ferida fresca. «Todos temos um segredo fechado à chave nas águas-furtadas da alma. Este é o meu.»

Opinião: Não há como não gostar dos livros de Carlos Ruiz Zafón e da sua escrita intemporal. Desde o lançamento de “A Sombra do Vento” que este autor é um fenómeno mundial e Portugal não ficou de fora. Peguei neste Marina com uma expectativa diferente de quando peguei nos seus livros anteriores, por saber que este livro se enquadrava segundo alguns sites numa categoria de literatura “teen” e também porque sabia à partida que não havia o Cemitério dos Livros como pano de fundo. No entanto Marina surpreendeu-me muitíssimo e devo dizer que de literatura “teen” não tem nada, só se quiserem contar com o facto de os dois protagonistas serem jovens adolescentes. Mas devido à sua maturidade e à forma como o autor trabalha as personagens facilmente podem passar por adultos com os meus problemas e vivências que qualquer um de nós. Marina é triste e magistral e desperta sentimentos nos leitores como poucos livros conseguem. E para além disso há todas as descrições de Barcelona que nos deixam encantados e com vontade de voar para lá. Carlos Ruiz Zafón prova porque é um fenómeno de popularidade e Marina é sem dúvida alguma imperdível!


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